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Jovens informados: UBS Vila Nivi orienta adolescentes contra os riscos do cigarro eletrônico

25 nov 2024

Ação integra saúde e educação para conscientizar estudantes na zona norte de São Paulo

UBS Vila Nivi, na zona norte, conscientiza jovens contra o uso do cigarro eletrônico. Foto SBCD.

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Nivi, administrada pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD) em parceria com a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal de Saúde, vem desenvolvendo um importante trabalho de conscientização sobre os malefícios do cigarro e do cigarro eletrônico entre os jovens da zona norte paulistana.

Com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e a parceria com a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Édson Rodrigues, no bairro da Vila Constança, a UBS Vila Nivi já realizou duas palestras no local, sendo a mais recente em novembro deste ano. O evento contou com a participação do farmacêutico Ricardo Correia e da assistente social Ana Teles, que esclareceram aos estudantes entre 14 e 17 anos sobre os perigos associados ao uso desses dispositivos.

Durante a apresentação, Ricardo Correia destacou o papel fundamental da informação. “Nosso objetivo é espalhar conhecimento sobre os cigarros eletrônicos que representam uma grave ameaça à saúde dos jovens, apesar de serem muitas vezes vistos como uma alternativa mais legal ou inofensiva. No entanto, a presença de nicotina, uma substância altamente viciante, e outras substâncias químicas nocivas nos líquidos utilizados nos vapes, torna esses dispositivos um perigo real”, explica.

Complementando a abordagem, Ana Teles reforçou a necessidade de desmistificar equívocos comuns sobre o tema. “É fundamental desmistificar a ideia de que os cigarros eletrônicos são menos prejudiciais que os tradicionais e informar os jovens sobre os riscos reais associados ao seu uso”, comenta.

A ação da UBS Vila Nivi ganha relevância em um momento em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reafirmou, em abril deste ano, a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) no Brasil. A decisão reflete uma análise aprofundada das evidências científicas mais recentes sobre os riscos desses produtos.

Iniciativas como essa fortalecem a integração entre saúde e educação e reforçam o compromisso com o bem-estar dos jovens, promovendo escolhas mais conscientes e saudáveis para o futuro.

Conheça o real perigo dos cigarros eletrônicos

Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, podem causar sérios problemas à saúde. Veja os principais malefícios:

Dependência química: A presença de nicotina, substância altamente viciante, está associada ao aumento da dependência química, dificultando a interrupção do uso. Mesmo os líquidos classificados como “sem nicotina” podem conter traços da substância.

Problemas respiratórios: Irritação das vias aéreas, levando a sintomas como tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar. Risco de desenvolver bronquite, asma ou doenças pulmonares graves, como a EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico).

Danos ao coração: A nicotina e outras substâncias químicas presentes aumentam o risco de hipertensão, taquicardia e doenças cardiovasculares.

Exposição a substâncias químicas tóxicas: Os líquidos usados contêm compostos como propilenoglicol, glicerina vegetal e sabores artificiais, que podem liberar substâncias tóxicas e cancerígenas quando aquecidos. Podem conter metais pesados como níquel, estanho e chumbo, provenientes do dispositivo.

Risco de câncer: A exposição a compostos cancerígenos, como formaldeído e acroleína, aumenta o risco de câncer a longo prazo.

Impacto no desenvolvimento cerebral (em jovens): A nicotina pode afetar negativamente o desenvolvimento do cérebro em adolescentes, especialmente em áreas relacionadas à memória, aprendizado e controle de impulsos.

Agravamento de doenças existentes: Pessoas com condições pré-existentes, como doenças pulmonares ou cardíacas, podem sofrer agravamento dos sintomas.

Riscos de explosões e queimaduras: O mau funcionamento das baterias dos dispositivos pode causar explosões, resultando em queimaduras graves.

Prejuízo à saúde bucal: Irritação nas gengivas, aumento do risco de cáries, mau hálito e doenças periodontais estão associados ao uso de cigarros eletrônicos.

Efeitos psicológicos e sociais: O uso frequente pode levar a quadros de ansiedade, estresse e isolamento social, especialmente em jovens. Embora sejam frequentemente comercializados como uma alternativa ao cigarro comum, a conscientização e o conhecimento sobre esses malefícios são essenciais para evitar o uso e proteger a saúde.

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