A unidade promove encontros semanais para estimular o desenvolvimento da fala em crianças de até 6 anos
O estímulo no desenvolvimento da fala em crianças com dificuldades na articulação de palavras tem sido um dos trabalhos promovidos pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Edu Chaves, na zona norte de São Paulo.
A unidade, gerenciada pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), por meio de contrato de gestão com a Prefeitura de São Paulo, atua desde novembro do ano passado com um grupo de crianças de até 6 anos que apresentam o distúrbio conhecido como dislalia.
Esse distúrbio é caracterizado pela troca de palavras por outras similares, erro na pronúncia de palavras e até na exclusão ou troca de letras. O grupo também atende crianças que apresentam atraso no desenvolvimento da fala e, em caso de necessidade, direcionam as crianças para serviços especializados.
“O mais importante é a real compreensão dessa condição. Isso inclui o diagnóstico preciso e correto, além de uma intervenção baseada em evidências que conduzirá a criança a tratamentos eficazes”, explica Fabiane Silva, gerente da UBS Parque Edu Chaves.
Como funciona
Após avaliação na própria unidade, as crianças são integradas ao atendimento realizado por uma fonoaudióloga. Os encontros são semanais dentro da própria UBS. As crianças, acompanhadas de um responsável, participam de atividades e exercícios envolvendo a motricidade orofacial e a produção correta dos fonemas da língua.
Os exercícios buscam o cuidado com problemas musculares do rosto e da boca e que auxiliam em diversas outras áreas do desenvolvimento, como respiração, mastigação, sucção, entre outros.
“Nesse trabalho tudo é muito lúdico com o propósito de envolver todas as crianças no tratamento e nas terapias. Após o término desses encontros sempre realizamos orientações com a família para que possam continuar realizando os mesmos estímulos em casa”, ressalta.
Além do acompanhamento pela fonoaudióloga, a UBS Parque Edu Chaves também conta com uma equipe multidisciplinar formada por nutricionista, cirurgião dentista, clínico geral e psicólogo. Os profissionais se revezam na participação e nas orientações às famílias.
Atualmente o grupo atende em média 15 crianças semanalmente e a gerente destaca que “as dificuldades na fala podem ser causadas tanto por fatores externos quanto de desordem neurológica, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e até por falta de estímulos”.
Dessa forma, quanto mais cedo é identificado problemas no desenvolvimento da fala, melhor será a possibilidade do tratamento obter resultados positivos ou o direcionamento para serviços de referência.
No entanto, o grupo também acaba atuando em outras frentes e trazendo diferentes conquistas, como explica a gerente. “Além dos benefícios no estímulo da linguagem, esse trabalho também atua na interação, socialização, brincadeiras, memória, foco e concentração”.