SBCD

Tampinhas que viram esperança

24 out 2025

Como um gesto simples — e um menino de 8 anos — estão ajudando pacientes com câncer em Promissão (SP)

Samuel, de 8 anos, junta tampinhas para ajudar pacientes com câncer.

No Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Promissão, unidade administrada pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD) sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado da Saúde, um pequeno gesto está transformando tampinhas plásticas em solidariedade.

A iniciativa “Tampinhas que Curam”, criada em 2024 pela equipe do AME em parceria com a Rede de Apoio ao Câncer de Promissão, mostra que até o menor dos objetos pode carregar um grande propósito.

De lixo a cuidado

As tampinhas arrecadadas na recepção do AME — local de intensa movimentação de pacientes — são trocadas por equipamentos essenciais, como cadeiras de rodas e muletas, destinados a pessoas em tratamento contra o câncer que não têm condições de comprá-los.

A cada um ou dois meses, o volume arrecadado é entregue à Rede de Apoio ao Câncer, reforçando a rede de solidariedade que une profissionais, pacientes e moradores da cidade.

Urna de arrecadação das tampinhas.

O menino que enxergou valor nas tampinha

Foi ali, na recepção do AME, que Samuel Pereira de Souza, de apenas 8 anos, descobriu o poder desse gesto. Enquanto aguardava para realizar um exame de raio-X de idade óssea, o garoto notou a urna cheia de tampinhas e perguntou à equipe o que era aquilo. Ao saber que serviam para ajudar pessoas com câncer, decidiu que também queria participar.

Sua mãe, Patricia Trugilo Pereira, lembra o entusiasmo do filho. “Depois que descobriu que um gesto simples como esse fazia a diferença, ele começou a juntar tampinhas por onde passava. Quando via uma, pegava. Fiquei muito feliz com a atitude dele”, diz orgulhosa.

Em apenas três meses, Samuel reuniu um saco de 60 litros de tampinhas, uma pequena montanha de solidariedade, e levou pessoalmente a doação à Rede de Apoio ao Câncer.

Quando a empatia é contagiosa

Para Ísis Cristina Rocha Moura, enfermeira de matriciamento e idealizadora do projeto, o envolvimento da comunidade é o maior sinal de sucesso da campanha. “Transformar o AME em um ponto de coleta tem sido fundamental. Ver o engajamento das pessoas, especialmente o de uma criança como o Samuel, é algo que emociona e nos faz acreditar que vale a pena continuar”, comenta.

Pequenos gestos, grandes mudanças

A história de Samuel é um lembrete poderoso de que a solidariedade não tem idade. Um simples olhar curioso sobre uma urna de tampinhas se tornou inspiração para toda uma cidade. E, de tampinha em tampinha, a corrente de cuidado continua crescendo.

Ir para o conteúdo