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Inovação gera economia de R$ 135 mil ao ano no Hospital Municipal de Cubatão

2 dez 2025

Hospital Municipal de Cubatão – Foto SBCD

Mudança na forma do insumo usado na hemodiálise reduz custos sem prejudicar qualidade do atendimento ao paciente

A substituição de bicarbonato de sódio líquido pela mesma substância em pó nas sessões de hemodiálise do Hospital Municipal de Cubatão (HMC) está gerando uma economia anual estimada em R$ 135 mil. O hospital é gerenciado pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

A medida começou a ser planejada em maio de 2025, quando o supervisor de almoxarifado Thiago Brito identificou desafios logísticos no armazenamento e transporte dos galões de 5 litros de bicarbonato de sódio líquido, usado nas sessões de hemodiálise. O material, além de ocupar grande espaço, exigia cuidados extras no manuseio e descarte e o funcionário imaginou que a substituição do produto líquido pelo bicarbonato em pó “poderia simplificar o processo e gerar ganhos logísticos e financeiros”. Os médicos, técnicos e supervisores do setor constataram que a alteração não afetaria a qualidade do tratamento e a mudança acabou sendo implementada.

Com a troca, o hospital passou a utilizar menos insumo por sessão, reduziu o número de embalagens, ganhou espaço no estoque. E sem afetar a qualidade do atendimento prestado. Além disso, o produto em pó é menos suscetível à contaminação, elevando a segurança hospitalar.

Espaço de Hemodiálise do HMC

INOVAÇÃO – Para o secretário de Saúde de Cubatão, Márcio Oliveira, a iniciativa demonstra como a inovação pode nascer do olhar atento de quem trabalha em cada setor. “Uma mudança simples gerou economia, ampliou a segurança dos pacientes e reforçou nosso compromisso com a sustentabilidade. Ações como essa mostram que a gestão está engajada em economicidade sem perda da qualidade do atendimento”.

Para o Dr. Mario Sapede, Superintendente Hospitalar da SBCD, essa foi uma “mudança simples, mas estratégica”, com “resultados expressivos”. Estudos internos indicam que a alteração reduziu em 40% os custos com bicarbonato de sódio, insumo essencial para o tratamento.

“Essa é uma iniciativa que sintetiza o que defendemos na SBCD: inovação aplicada à realidade e voltada ao interesse público. Uma mudança simples, mas tecnicamente embasada, gerou economia, ampliou a segurança e otimizou processos sem qualquer prejuízo à qualidade assistencial. Esse tipo de atitude mostra que a inovação não nasce apenas de grandes projetos, mas do olhar sensível de quem vive diariamente os serviços de saúde”, destaca Dr. Mario.

A economia veio em duas etapas: primeiro, com a substituição da forma líquida pela em pó; depois, com a mudança de pacotes de 650g para 900g, o que ampliou o custo-benefício. Hoje, o HMC economiza cerca de R$ 3,6 mil por mês, chegando a R$ 44 mil por ano, apenas com a segunda fase. Quando comparado ao produto líquido anterior, o ganho é ainda maior: R$ 11 mil mensais, totalizando cerca de R$ 135 mil anuais.

Para a gerente administrativa do HMC, Angélica Ferreira Brito, a iniciativa vai além dos números. “A ação solucionou um problema de armazenamento, aumentou a segurança dos pacientes e gerou recursos que podem ser revertidos em melhorias para o hospital. Também reduzimos o uso de embalagens, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade”, afirma. A mudança está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, adotada por 193 países, que propõem ações voltadas a pessoas, planeta e prosperidade e que também faz parte dos objetivos do município.

A iniciativa reforça o valor da participação dos colaboradores no aprimoramento dos processos internos e mostra como a inovação pode nascer de quem vive o dia-a-dia das unidades. “O compromisso da SBCD é, e sempre será, a melhoria contínua dos serviços. A proatividade de um colaborador gerou benefícios diretos à gestão, à sustentabilidade e à população atendida”, diz Angélica.

“A SBCD continuará incentivando essa cultura, porque acreditamos que a inteligência coletiva das equipes transforma o atendimento e fortalece o SUS”, conclui Dr. Mario.

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