Ao final dos anos 70, diversos movimentos ligados à saúde denunciaram fortemente os abusos cometidos em diversas instituições psiquiátricas. Principalmente apontando a precarização das condições de muitas daquelas pessoas.
Para discutir as bases para uma proposta de reforma no sistema psiquiátrico brasileiro, em 18 de maio de 1987 aconteceu, em Bauru (interior de São Paulo), um encontro entre trabalhadores da área.
Desde então, data ficou marcada como Dia da Luta Antimanicomial. O que leva diversos profissionais da saúde mental a organizar manifestações nas ruas para lembrar e reafirmar o anseio por uma sociedade sem manicômios, mas com locais de tratamento e apoio às necessidades individuais.
Neste ano, de 2022, usuários do sistema público de saúde, familiares e trabalhadores dos territórios gerenciados pela SBCD, em Santana e Jaçanã, na zona norte de São Paulo, realizaram o Cine Antimanicomial, com sessões para mais de 200 usuários dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), familiares e trabalhadores. Após assistirem aos filmes exibidos, se reuniram no MASP e saíram em caminhada pela Avenida Paulista, levando cartazes e bandeiras erguidas por distintos serviços da cidade, para sensibilizar sobre a compreensão da Saúde Mental.
“A Luta Antimanicomial defende a ideia de que o sofrimento mental deve ser tratado de forma digna, sem preconceitos e sem privação de liberdade. São cidadãos com direitos e deveres como qualquer um, principalmente de serem tratados e incluídos pela sociedade”, ressalta o analista em Saúde e assessor técnico da Saúde Mental da Atenção Básica da SMS, da cidade de São Paulo, Douglas Sakaguchi.
A Política Municipal de Saúde Mental é orientada pelas diretrizes da Reforma Psiquiátrica e da lei nº 10.216, que aponta para a superação do modelo asilar e garantia dos direitos de cidadania da pessoa com transtornos mentais.
Com informações do site da prefeitura de São Paulo.