Celebrada em 2 de abril, data tem por objetivo difundir informações sobre o Transtorno do Espectro do Autismo e, assim, reduzir a discriminação e o preconceito
Em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril, o Centro Especializado em Reabilitação (CER II Tucuruvi) promoveu uma série de atividades voltadas às crianças diagnosticadas com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) que são atendidas pelo Serviço.
Foram realizadas atividades, concomitantemente, em diferentes espaços terapêuticos do CER, além de um momento de dinâmica com os pais utilizando Símbolos da Comunicação Alternativa. Também ocorreu uma atividade lúdica no espaço de Fisioterapia Aquática, encerrada com uma roda de conversa na recepção para esclarecer “Mitos e Verdades” em uma dinâmica com todos os participantes.
Tais ações visam incentivar o desenvolvimento multissensorial, a fala, a comunicação, a coordenação motora e as habilidades cognitivas, sociais e emocionais. “Dentre os trabalhos que realizamos está o desenvolvimento dos estímulos sensoriais, visuais e motores; bem como o processamento de texturas, sons, cheiros e gostos. Vale ressaltar a importância de sempre respeitarmos os limites de sensibilidade de cada paciente, já que alguns podem ter uma sobrecarga sensorial com determinados estímulos, o que varia e deve ser avaliado caso a caso”, esclareceu a gerente do CER II Tucuruvi, Patrícia Theodoroff.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo destaca que o diagnóstico do TEA é essencialmente clínico e deve ser realizado por uma equipe interdisciplinar, composta por médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros; além de considerar os diversos níveis de suporte. No município de São Paulo, a porta de entrada para a realização do diagnóstico são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que através da avaliação médica e da equipe multidisciplinar acionam os serviços especializados de referência CAPS Adulto e CER – quando necessita de apoio diagnóstico e acompanhamento compartilhado na rede.
A gerente do CER II Tucuruvi explicou, ainda, que os níveis de suporte para o TEA também podem variar, podendo ser desde pouco apoio para desempenhar tarefas, comunicação e interação; a apoio mais substancial e intenso, por se tratar de um déficit mais severo e importante. “O ideal é investir na estimulação precoce e buscar desenvolver a independência e autonomia das pessoas dentro do Espectro do Autismo, pois ao longo da vida se faz necessário sua inclusão na sociedade, respeitando seus limites e suas especificidades”, finalizou Patrícia Theodoroff.