Iniciativa da SBCD em parceria com Prefeitura de São Paulo e UVIS reúne mais de 200 profissionais da Atenção Primária para fortalecer prevenção da transmissão vertical da IST


A transmissão vertical da sífilis ocorre quando a gestante infectada transmite a bactéria Treponema pallidum para o bebê durante a gestação, no parto ou na amamentação. Essa forma de contágio pode resultar em complicações graves, como aborto, prematuridade, óbito neonatal ou sequelas permanentes ao recém-nascido.
Atenta à gravidade do tema e à importância da prevenção, a Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), em parceria com a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) da Supervisão Técnica de Saúde (STS), promoveu uma capacitação sobre “Sífilis em Gestante – Manejo na Atenção Básica e combate à transmissão vertical”.
A formação ocorreu nos dias 12, 17 e 24 de junho, no auditório do Ambulatório Médico de Especialidades Centro de Referência do Idoso da Zona Norte (AME CRI Norte), e reuniu 214 profissionais das equipes assistenciais da Atenção Primária à Saúde (APS) da Zona Norte paulista, com destaque para as unidades sob gestão da SBCD.
A ação teve como objetivo qualificar o atendimento pré-natal, reforçando a importância do diagnóstico precoce, tratamento oportuno e monitoramento adequado da sífilis em gestantes — etapas fundamentais para interromper a cadeia de transmissão e garantir o nascimento de bebês saudáveis.

A capacitação foi organizada por Aurivan Andrade de Lima, assessor técnico de Enfermagem e Vigilância, e Dr. Luiz Ricardo de Melo, coordenador médico, com apoio do setor de Educação Permanente da SBCD na Zona Norte, representado por Ana Paula Rodrigues Sobrinho, supervisora em Saúde, e Débora de Souza Gilo, analista de Treinamento. A iniciativa contou ainda com o respaldo institucional do Dr. Fabio Pampolha, gerente médico da SBCD.
Durante os encontros, os participantes revisitaram o Protocolo de Prevenção da Transmissão Vertical da Sífilis, com ênfase nos três pilares que sustentam o manejo adequado da infecção: Identificar, Tratar e Monitorar. Esses pilares foram abordados dentro do contexto dos fluxos e processos de trabalho nas unidades, promovendo um cuidado integral, seguro e baseado em evidências.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de alta prevalência e impacto em saúde pública. Quando não diagnosticada e tratada a tempo, pode trazer sérias consequências para a saúde materno-infantil. Por isso, ações como esta reafirmam o compromisso da SBCD com a educação em saúde, o fortalecimento da APS e a qualificação contínua dos profissionais, contribuindo diretamente para a melhoria dos desfechos clínicos e para a proteção das futuras gerações.
