Colaboradores do Hospital Municipal de Cubatão participam de palestra com foco na humanização do atendimento

“A UTI na visão do paciente: uma experiência de vida e morte” foi tema de palestra ministrada aos colaboradores do Hospital Municipal de Cubatão. A iniciativa partiu da Coordenação Corporativa do Programa de Humanização da Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), administradora do hospital por meio de contrato de gestão junto à Secretaria Municipal de Saúde e Prefeitura de Cubatão.
A UTI na visão do paciente
José Pintor, geógrafo, professor de geografia, ator e diretor teatral conduziu a palestra. Pernambucano de Caruaru, Pintor compartilhou as experiências que teve durante os 18 dias de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pela ótica do paciente, o palestrante destacou normas e procedimentos que julga adequados para um melhor conforto do enfermo.
Durante a apresentação, o palestrante relatou os desafios do período em que esteve totalmente paralisado por conta de uma Síndrome de Guillain-Barré. Durante esse período, ele não teve possibilidade de comunicação. Destacando assim, a importância da empatia dos profissionais de saúde diante das necessidades não verbalizadas dos pacientes. Dessa forma, seu testemunho reforçou a relevância da humanização do cuidado e da individualização de condutas no ambiente hospitalar.
“Essa experiência que tive foi muito forte e considero importante poder verbalizar isso. Acredito que os profissionais da área da saúde precisam escutar como um paciente vê a função deles diante dessas situações. Através da realização de eventos como este, o Hospital Municipal de Cubatão e a SBCD reafirmam o compromisso com a qualificação do atendimento. E com a construção de uma cultura institucional pautada no respeito, na empatia e na valorização da vida em todas as suas fases”, declarou Pintor.
A humanização no hmc
Para Marcelo Valle, presidente da Comissão de Humanização do HMC, a apresentação procurou expor aos colaboradores uma visão pelo lado do paciente que se encontra na internação. Uma vez que se trata de um momento delicado e que necessita de muita atenção. “A apresentação evidenciou a preocupação que o profissional de saúde deve ter ao tratar o paciente, enxergando através dos olhos dele, que normalmente se encontra numa condição de impotência, ainda mais na Unidade de Terapia Intensiva. E que nessa reflexão o profissional de saúde pôde entender que, apesar de ter sido mais um dia de trabalho para ele, para o paciente cada instante trata-se de uma etapa crucial em sua jornada de recuperação”, reforça.
De acordo com o coordenador corporativo do Programa de Humanização da SBCD, Dr. Newton Tomio Miyashita, o objetivo da palestra se cumpriu plenamente. “Contamos com a presença de grande público, onde todos saíram sensibilizados em relação à possibilidade, enquanto profissional da saúde, de ajudar no tratamento do paciente, enxergando-o como uma pessoa que necessita, tem direito e se beneficia de uma atenção humanizada, que é o principal propósito do nosso programa”, finaliza Miyashita.