
Uma Organização Social de Saúde (OSS) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que celebra contratos de gestão com o poder público (geralmente prefeituras ou governos estaduais). Assim, ela fica responsável por administrar unidades e serviços de saúde, como hospitais, prontos-socorros, ambulatórios, equipes de estratégia de saúde da família e unidades básicas de saúde.
Portanto, essas organizações atuam em parceria com o Estado, sendo responsáveis por gerenciar recursos, contratar profissionais, manter a infraestrutura e garantir o funcionamento eficiente dos serviços de saúde pública no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Sendo assim, o principal objetivo de uma Organização Social de Saúde (OSS) é: melhorar a qualidade, eficiência e agilidade dos serviços de saúde oferecidos à população, sem deixar de garantir o caráter público e gratuito do atendimento.
Principais características das OSS:
Sem fins lucrativos – Todo o dinheiro recebido deve ser reinvestido na melhoria do serviço.
Gestão mais flexível – Diferente da administração pública direta, a OSS pode fazer contratações, compras e decisões com mais agilidade. E dessa forma, se pautar sempre por regras de conformidade.
Contrato de gestão – A relação com o governo se dá por meio de um contrato que estabelece metas, indicadores de desempenho e formas de fiscalização.
Transparência e controle – As OSS devem prestar contas regularmente ao poder público e à sociedade.
Como funciona uma Organização Social de Saúde?
Uma Organização Social de Saúde (OSS) funciona como uma parceira da administração pública para gerenciar unidades e serviços de saúde. Como por exemplo, hospitais, UPAs, UBSs ou programas de atendimento. E muitas vezes essa gestão ocorre com mais agilidade e eficiência do que a gestão direta do Estado.
Qualificação de uma Organização Social de Saúde
Uma entidade privada sem fins lucrativos precisa ser qualificada como Organização Social pelo poder público (município ou Estado). E isso exige que ela tenha:
- Finalidade voltada ao interesse público (ex.: saúde, educação, cultura);
- Estrutura administrativa própria;
- Transparência na gestão financeira;
- Conselho de administração com participação da sociedade civil.
Contrato de Gestão
Depois de qualificada, a OSS pode firmar um contrato de gestão com o governo para administrar um serviço de saúde. E esse contrato define:
As metas e indicadores que a OSS deve cumprir (ex.: número de atendimentos, tempo de espera);
O recurso público repassado mensalmente;
As obrigações administrativas e assistenciais da OSS;
A forma de prestação de contas e fiscalização.
Fiscalização e Transparência
Ou seja, a OSS deve:
- Prestar contas periodicamente ao governo;
- Apresentar relatórios de desempenho e financeiros;
- Estar sujeita a auditorias e inspeções de órgãos de controle, como tribunais de contas, Ministério Público e comissões da sociedade civil.
O que é a Sociedade Brasileira Caminho de Damasco?

A Sociedade Brasileira Caminho de Damasco é uma Organização Social de Saúde de direito privado sem fins lucrativos de natureza filantrópica, com o propósito de salvar vidas.
Nossa missão é promover soluções de gestão na área da saúde por meio de metodologias desenvolvidas e aplicadas no atendimento ao assistencialismo gratuito e de qualidade à população dependente do SUS (Sistema Único de Saúde).
A Sociedade Brasileira Caminho de Damasco – SBCD, teve sua fundação em 19 de novembro de 1939, com seu Estatuto aprovado em 20 de janeiro de 1940 e registrado em janeiro de 1941 no Município de Garça, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ nº 48.211.585/0001-15.
Ela é detentora dos títulos do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, CNES de Unidade Própria Hospitalar: 2079844 e do Certificado de Assistência Social em Saúde – CEBAS/SAÚDE.
Como trabalha a SBCD?
Imagine um hospital público que oferece atendimento gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Assim, ele realiza serviços de urgência e emergência, internações, cirurgias, partos, exames e outros atendimentos médicos à população da região.
Neste exemplo, vamos imaginar que a Sociedade Brasileira Caminho de Damasco venceu o certame para a gestão deste hospital. Assim, ela será feita por meio de uma Organização Social de Saúde, a Sociedade Brasileira Caminho de Damasco, a partir de um contrato de gestão com a prefeitura local.
Ao assumir a gestão, a atuação da SBCD pode ter associação com melhorias promovidas nos serviços. Como por exemplo:
- Agilidade no atendimento e redução no tempo de espera;
- Ampliação de cirurgias e partos humanizados;
- Reformas e modernização da UTI adulto;
- Iniciativas como controle de infecções, cuidado humanizado e incentivo à doação de sangue.
Mas por quê? Como na prática a OSS atua na gestão?
Administração geral do hospital – A SBCD gerencia toda a operação: setor assistencial, administrativo, RH, financeiro, manutenção e compras.
Contratação da equipe – Profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos) são contratados diretamente pela SBCD. E isso, permite maior agilidade do que o regime estatutário do funcionalismo público.
Aquisição de insumos e equipamentos – A SBCD realiza as compras de medicamentos, materiais hospitalares, EPIs e outros insumos, com flexibilidade maior que a administração pública direta (que depende de licitações mais longas).
Metas e indicadores
O contrato com a prefeitura estabelece metas assistenciais. Por exemplo, número de atendimentos, tempo de espera, taxa de infecção, satisfação dos pacientes. E a SBCD deve cumprir essas metas, sejam orçamentárias e/ou de taxa de satisfação dos pacientes. E a partir disso, prestar contas regularmente.
Projetos e melhorias
Com apoio do poder público e parceiros, a SBCD pode implementar projetos de humanização, tecnologias, treinamentos e melhorias estruturais (como novas UTIs, salas cirúrgicas reformadas etc.).
Por fim, vale ressaltar que prefeitura local continua sendo a responsável por monitorar e fiscalizar a execução do contrato. Por meio de: relatórios, auditorias, visitas técnicas, controle social, participação em congressos e atualizações que acompanham os avanços tecnológicos de áreas correlacionadas.