Palestras e roda de conversa ocorreram por conta do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio

Maio é marcado como o Mês da Luta Antimanicomial, movimento que se caracteriza pela defesa dos direitos das pessoas com sofrimento mental. Assim, como forma de celebrar a data, o Hospital Municipal de Cubatão (HMC) promoveu palestras e uma roda de conversa para debater o assunto. Portanto, Dr. Vitor Martinez, chefe do setor de psiquiatria do HMC e Talita Franciane Nolasco, coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial infanto-juvenil (CAPS-IJ) de Cubatão, coordenaram a ação. Além disso, a iniciativa contou também com a presença e participação do Secretário Municipal de Saúde, Márcio Oliveira.
Dessa forma, os palestrantes transmitiram e atualizaram informações embasadas sobre os avanços no campo da saúde mental. Incluindo novas práticas terapêuticas e abordagens alternativas ao tratamento tradicional. E assim, estimulando também, uma reflexão crítica sobre as políticas de saúde mental em vigor. Apontando os desafios e as conquistas na garantia dos direitos das pessoas com transtornos mentais. “O Movimento da Luta Antimanicomial ressalta que, como todo cidadão, as pessoas com sofrimento mental têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade. Além do direito a receber cuidado e tratamento sem que, para isto, tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos”, ressalta Dr. Vítor Martinez.
A importância da luta antimanicomial
Por sua vez, o secretário de Saúde reforçou que Cubatão oferece à população o serviço de promoção e prevenção em Saúde Mental. “Temos o cuidado, que é realizado pelos Centros de Atenção Psicossocial do município, tanto adulto quanto infanto-juvenil, bem como no ambulatório de Saúde Mental. E esses serviços estão de portas abertas para toda a população do território que necessite de atendimento nesta área”, declarou o secretário.
“Trata-se de um tema muito relevante em vista que a humanização na saúde mental se impulsionou principalmente pela reforma psiquiátrica, que teve como objetivo principal a substituição do modelo manicomial por um modelo de cuidado mais humanizado e centrado no paciente. E promover esse espaço de diálogo e reflexão sobre a importância da humanização no atendimento em saúde mental é de suma importância. Isso porque destaca a necessidade de um olhar mais acolhedor e empático para com as pessoas em sofrimento psíquico. Incentivando a desconstrução de estigmas e estereótipos relacionados às doenças mentais. E fomentando uma abordagem mais inclusiva e respeitosa em relação às diversidades de cada indivíduo”, finalizou Marcelo Valle, presidente da Comissão de Humanização do Hospital Municipal de Cubatão, administrada pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco, por meio de contrato de gestão junto à Secretaria Municipal de Saúde e Prefeitura de Cubatão.
