Aproximadamente 200 profissionais foram contemplados pela iniciativa, promovida no anfiteatro do AME CRI Norte
Tendo como ação prioritária a identificação de sintomáticos respiratórios, a assessoria de vigilância da Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD) identificou a necessidade de qualificar o processo assistencial na linha de cuidado de tuberculose. Com apoio da gestão da Atenção Primária da SBCD, Supervisão Técnica de Saúde e Unidade de Vigilância em Saúde, promoveu um evento de capacitação que contemplou aproximadamente 200 profissionais, entre Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Promoção Ambiental.
A iniciativa ocorreu no anfiteatro do Ambulatório Médico de Especialidades do Centro de Referência do Idoso da Zona Norte (AME CRI Norte) e foi conduzida por profissionais da SBCD, que administra as unidades de Saúde no território através de contrato de gestão junto à Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Saúde.
Durante a capacitação foram abordados os agravos de tuberculose, hanseníase e esporotricose. “Encontros como esse são de grande relevância para que consigamos unificar saúde ambiental, animal e humana. A esporotricose é uma doença emergente, que está acometendo cada vez mais humanos e felinos. É de suma importância que os agentes comunitários de saúde, que têm contato direto com a população, conheçam a doença, saibam como identificá-la e orientem a população a levarem os seus animais para tratamento”, afirmou Ana Carolina Brito de Oliveira, da Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) Jaçanã/Tremembé.
Uma das estratégias que contemplam o planejamento estratégico foi dividir o território da Unidade Básica de Saúde (UBS) em seis microáreas. Em cada uma delas, até dezembro, será realizada mensalmente uma ação de busca ativa casa a casa, questionando os munícipes sobre a presença do sintoma de tosse. “O objetivo desta ação é ampliar a busca ativa no território e identificar o maior número de tossidores, minimizando o adoecimento que é percebido na internação em hospitais e prontos socorros, melhorando os indicadores institucionais desses agravos e o processo de trabalho das equipes. Outro ponto importante é a sensibilização dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Promoção Ambiental, que são profissionais de suma importância nas unidades, com o objetivo de identificar os sintomáticos respiratórios nos territórios das unidades e, assim, fortalecer que esses munícipes sejam identificados e assistidos nas unidades”, detalhou Aurivan Lima, assessor técnico de vigilância da Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD).
Aurivan Lima reforça que foi contemplado, neste planejamento, oportunizar a ação do casa a casa para interrogar os munícipes sobre a presença de animais com lesões, para identificar o agravo da esporotricose e sobre a presença de machas indolor para a identificação do agravo Hanseníase, devido ainda termos áreas silenciosas no território de atuação.
Diversas iniciativas estão contempladas no plano de ação, tais como reuniões com gerentes, médicos e responsáveis técnicos, revisão de protocolos, avaliação de contatos, entre outras. “Obtivemos um retorno altamente positivo dos participantes, que são os nossos porta-vozes na casa dos munícipes. É através dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Promoção Ambiental que batemos à porta das pessoas, portanto, capacitá-los e deixá-los aptos para uma abordagem adequada junto às famílias é estrategicamente fundamental e benéfica para a saúde da população”, conclui o gerente assistencial de Atenção Básica da SBCD na Zona Norte, Evandro Vilela.