Osmar Mendes Leal, agricultor de 63 anos, foi o primeiro paciente a ser atendido na recém-inaugurada unidade, marcando o início de uma nova era na saúde do Nordeste
No dia 5 de julho de 2024, uma nova história começou a ser escrita no semiárido do Piauí, mais precisamente no Novo Hospital Regional de Picos. O hospital, inaugurado em 28 de junho pelo Governo do Estado do Piauí e administrado pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), teve o privilégio de receber seu primeiro paciente, Osmar Mendes Leal, um homem de vida simples, mas de força imensurável.
Osmar, agricultor, vive há décadas no povoado Angical dos Domingos, no interior de Picos, ao lado de sua esposa, Noêmia, com quem compartilha uma vida de 40 anos. Pai de três filhos e avô de seis netos, ele é o pilar de sua família, sempre dedicado ao trabalho no campo. Ainda no mês de junho, durante uma jornada de trabalho, Osmar começou a sentir uma queimação no peito. Inicialmente, ele acreditou que se tratava de uma crise de gastrite, problema que o acompanha há anos.
Com a necessidade do auxílio médico, recorreu ao SUS (Sistema Único de Saúde), onde deu entrada na UPA 24h de Picos no dia 26 de junho. Os exames revelaram uma condição mais grave do que a suspeita inicial de gastrite, e ele foi rapidamente transferido para o Hospital Justino Luz.
No dia 5 de julho, Osmar foi admitido no Novo Hospital Regional de Picos, onde um time multiprofissional de médicos, enfermeiros e especialistas cuidou dele com dedicação e competência. O diagnóstico, desta vez, não foi de gastrite, mas de um problema cardíaco que exigia intervenção urgente. No dia 9 de julho, Osmar foi transferido para o Hospital Getúlio Vargas, onde passou por um cateterismo e uma cirurgia de revascularização do miocárdio, a conhecida ponte de safena. Graças ao sucesso desses procedimentos, ele se recuperou e voltou para casa dias depois, levando uma nova chance de vida.
“O caso do senhor Osmar representa um marco para todos nós. Buscamos fornecer em sua assistência todo o atendimento necessário, humanizado e sempre em continuidade com os procedimentos médicos para a sua saúde. Foi um final feliz de um começo do Novo Hospital Regional de Picos que traz uma nova visão de cuidado”, comenta Maycon de Sousa do Nascimento, gerente Administrativo da unidade.
Promessas e agradecimentos
Osmar não esconde sua gratidão. Para ele, o Novo Hospital Regional de Picos é algo “de outro mundo”. Ficou impressionado com o tamanho, a modernidade da estrutura, mas principalmente com o carinho e o cuidado dos profissionais. “Ainda recebo mensagens carinhosas da equipe do hospital perguntando com carinho sobre a minha saúde”, comenta feliz.
Sua esposa, Noêmia, fez uma promessa em agradecimento pela recuperação do marido. Assim que for possível, ela visitará o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, como forma de agradecimento. Para a família Leal, profundamente religiosa, a cura de Osmar é um milagre alcançado pela fé e pelo talento dos profissionais de saúde.
Osmar Mendes Leal foi o primeiro paciente atendido no Novo Hospital Regional de Picos, mas sua história é apenas o início de um novo capítulo para a saúde no Nordeste do Brasil. O hospital, agora uma referência para Picos e mais 40 municípios da região, carrega a esperança de um futuro mais saudável e digno para todos os seus habitantes.
O complexo de saúde terá seu funcionamento realizado gradativamente. Com três pavimentos, o hospital contará com 206 leitos de internação, além de 20 leitos de UTI adulto, ambientes de apoio técnico, administração e auditório com 135 lugares. Um Centro de Diagnóstico por Imagem permitirá aos pacientes o acesso a exames de radiologia, ressonância magnética, tomografia e procedimentos de hemodinâmica.
O Novo Hospital Regional de Picos será referência uma população estimada em mais de 600 mil habitantes nas regiões do Vale do Guaribas, Vale do Canindé, Vale do Sambito e Chapada do Vale do Rio Itaim.
Para Mario Sapede, superintendente Hospitalar da SBCD, a história de Osmar reflete os objetivos da gestão e do Governo do Piauí em alcançar “o sucesso do atendimento hospitalar, atingindo outros aspectos como o de humanização, conexão com outras redes assistenciais, agilidade no diagnóstico e fortalecimento da saúde pública junto a população”.